Entendemos que no atual cenário dos negócios, cada vez mais competitivo, um fator fundamental para que empresas prosperem é o conhecimento. Esse nada mais é do que o conjunto de informações reconhecidas e interligadas pelas pessoas ou organizações dentro do seu contexto preexistente.
Se tratando dos negócios, para que esse conhecimento seja bem utilizado é fundamental que existam pessoas pensando em como construir um bom processo de educação corporativa. Ao contrário do que os empresários pensam, não é preciso criar departamentos, inchar a folha salarial ou gastar muito dinheiro com treinamentos externos. Com poucos recursos as empresas podem entregar aos seus funcionários as competências necessárias para desempenharem suas tarefas profissionais. Muitas das vezes os conhecimentos permeiam a própria organização e as pessoas que estão dentro e nada melhor do que elas mesmas para repassá-los.
Sabemos que os negócios precisam internalizar todo aprendizado adquirido e gerado ao longo dos anos e perpetuá-lo. Empresas que promovem, organizam e entregam o conhecimento para impactar as rotinas em torno das tarefas que precisam ser realizadas, são chamadas de organizações de aprendizado.
AS CINCO FASES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A primeira é a de adquirir conhecimentos por meio de treinamentos, mentorias, participação ativa em palestras e eventos.
A segunda etapa é gerar conhecimento, na medida que nem sempre encontramos treinamentos externos que levam em conta as características e peculiaridades do próprio negócio. Além disso, se a empresa apenas adquire e não gera conhecimento, nunca será capaz de sair a frente nos processos de inovação.
A terceira etapa é compartilhar as ideias, elas precisam fazer parte do aprendizado de todos. Na GPME temos o Programa Interno de Capacitação (PIC), onde uma vez por mês temos espaço para compartilhar novos aprendizados de forma objetiva.
A quarta etapa é a retenção do aprendizado, para que não entre no ciclo de gerar os mesmos conhecimentos repetidas vezes. É necessário criar estruturas para internalizar o conhecimento e para que seja facilmente acessado por todos da organização.
E por último a quinta etapa é a aplicação do que foi aprendido e o resultado de todos os esforços anteriores. Se as outras etapas foram bem realizadas, utilizar todo conhecimento a favor da empresa deve acontecer de forma orgânica.
Na GPME, nos preocupamos com cada uma das fases supracitadas. Entendemos que quando nossos consultores escrevem no Blog ou apresentam conteúdos no Programa Interno de Capacitação (PIC) eles estão exercitando o processo de aprendizagem e consolidando o saber de diversos temas. Além disso, ao compartilhar novas ideias, ainda criamos momentos de pensamento coletivo e brainstorming onde a partir do tema trazido, conseguimos gerar mais conhecimento.
Nos preocupamos ainda em reter esse aprendizado e pelo fato de termos uma metodologia aberta, nossos projetos estão sempre se atualizando com novas teorias que fazem sentido para nós. Isso reflete diretamente na qualidade do projeto que entregamos aos nossos clientes e nos resultados que geramos.
COMO RETER O CONHECIMENTO DENTRO DA SUA EMPRESA?
Não são necessários muitos recursos para que sua empresa tenha um bom processo de aprendizagem, basta boa vontade, organização e foco para que isso aconteça. Mas como gerar um ambiente favorável para criar uma organização de aprendizado?
No livro “A quinta disciplina”, best-seller renomado do autor Peter Senge, precursor e difusor das teorias de aprendizado, algumas competências devem ser desenvolvidas para que as empresas se tornem um ambiente propício a aprender:
- Domínio Pessoal: Uma das bases para que as pessoas estejam dispostas a aprender e a inovar é o bem estar físico e espiritual. Zelar pelo bem dos funcionários é o primeiro passo para mantê-los interessados em aprender e colocar em prática. Incentivos vão muito além do lado financeiro, podem estar em ações que melhorem a qualidade de vida no trabalho ou apenas em criar um ambiente onde se sintam à vontade para expressar suas alegrias e tristezas.
- Modelos Mentais: São um conjunto de crenças que abraçamos e consideramos como verdades. Todas as empresas têm esses paradigmas que construíram ao longo do tempo, de certo modo eles as ajudaram a chegar até o presente, porém não garantem sua continuidade. É imprescindível que as organizações criem uma cultura que favoreça a inovação e agilidade, além de empoderar as pessoas para que não tenham medo de colocar em prática. Time que está ganhando se mexe sim!
- Objetivo Comum: O que mais move as pessoas a aprenderem e internalizarem algum aprendizado é saber o porquê precisam aprender. Dessa forma, é necessário que as organizações deem clareza pelo que estão buscando, onde almejam chegar, criando uma visão de futuro compartilhada por todos.
- Aprendizado em Grupo: Nenhuma empresa consegue ir longe sem colaboração. Para que as organizações possam prosperar é fundamental que se tenham equipes sinérgicas, onde “o todo é maior que a soma das partes”. O ambiente deve favorecer o aprendizado coletivo, por meio de programas internos ou compartilhamento de ideias entre os setores. Isso faz com que exista sempre novos olhares sobre as tarefas, propiciando soluções diferentes.
- Raciocínio Sistêmico: É considerada a mais importante das disciplinas, daí se origina o nome do livro. A força de todo esse processo de formação em uma organização de aprendizado está na integração e na unicidade a todo o processo. As organizações precisam estar abertas aos colaboradores e a sociedade, pois são diretamente influenciadas por esses agentes, ainda mais em um mundo exponencial e de mudanças aceleradas. Combater a entropia (morte) e criar organizações duradouras só é possível através do conhecimento.
APLIQUE AS 5 COMPETÊNCIAS EM SEU NEGÓCIO
Com essas 5 competências em mãos, qualquer negócio pode se tornar uma organização de aprendizado. Voltando ao conceito falado no início, o conhecimento é a capacidade das pessoas ou empresas de reconhecerem e relacionarem informações dentro de seu contexto. Assim, negócios mais inteligentes tendem a prosperar com o passar do tempo, pois acompanham as tendências e estão mais preparados para as intempéries do mercado, cada vez mais volátil e exponencial.
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Texto: João Marcos – Consultor GPME