Após o sucesso de grandes players com seus programas de assinatura, o modelo de negócio tem virado uma febre, despertando interesse de marcas que pouco exploravam o mercado digital.
A verdade é que o programa ou clube de assinatura nada mais é do que um modelo de venda recorrente, com faturas programadas, consolidando-se como uma potente ferramenta de fidelização de clientes.
Geralmente, a vantagem ofertada aos consumidores é um grande desconto em cestas de produtos ou pacotes de serviços como contrapartida ao compromisso firmado por um determinado período.
Os clubes de assinatura estão rompendo a barreira do mundo digital e o mercado de serviços tem adaptado seus modelos a esta nova modalidade de venda recorrente. Não é de hoje que as academias de ginástica oferecem descontos desproporcionais para “assinantes” de seus ciclos anuais de atividades. Redes de depilação e outros serviços estéticos, redes de alimentos funcionais e dietas também já aderiram ao modelo de assinaturas.
Aí mora um perigo! Nem tudo deve ser vendido por assinatura. Como Assim? Explico:
Para que um cliente se comprometa com períodos determinados de compra, o produto ofertado deve fazer parte do dia a dia dele. Obviamente, nós só vamos comprar frequentemente aquilo que consumimos também com frequência. Um clube de vinhos é ótimo para apreciadores da bebida, nem tanto para consumidores esporádicos. Parece óbvio, mas muitas marcas embarcam na febre de vender por assinaturas produtos com baixa repetição de compras pelos clientes e acabam fracassando com o modelo.
O desafio na implantação desta modalidade é que a ativação do modelo não é muito simples, exige cuidados e paciência com a operação financeira das assinaturas. Para que a cobrança recorrente seja ativada com sucesso, é necessário que haja uma perfeita interação de processos e tecnologia entre a emissão dos dados, o processamento bancário e as operadoras de cartão. A sincronização destas etapas que vão da venda propriamente dita, até o recebimento da mesma devem estar muito bem mapeadas para que não haja falhas no débito ou duplicidade de cobrança.
Ainda que o modelo seja testado com sucesso, é preciso entender que como em todo novo negócio, existe uma curva de aprendizado a ser considerada. Portanto, faz-se necessário conscientizar as pontas de vendas e ter uma estratégia de contingência, previamente traçada, para minimizar os problemas junto aos clientes finais. Mas, se fosse fácil, qualquer um faria.